segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Entre o ócio e o trabalho

De volta de férias, afinal eu passo o tempo todo vendendo férias e lazer e convenções e incentivos e ... ufa...também tenho direito.
Rodei, fui para Bahia, fui pra fora, fui pro Guarujá, fiz o que tinha direito, aproveitei.
Hoje aqui na minha mesa pensei que estava na hora de jogar a preguiça de lado e voltar a blogar um pouco. Confesso que por falta de criatividade e o excesso de temas me deram uma certa moleza, mas a volta sempre é árdua.
Nesse sentido, amanhã sim escrevo algo que tenha conteúdo, hoje me dou o direito de fazer uma intersecção entre o o ócio e o começo do trabalho. Apenas um início, depois volto com força na guerra que é tentar manter um projeto de turismo com qualidade, sustentabilidade e acessível.
Abraços

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

TURISMO VIROU PIADA, ME FAZ MUITO MAL.

Antes mesmo de começar o novo governo, governo este que defendo e acredito ser a continuidade do processo de  inclusão social, recuperação da cidadania e da dignidade, onde os benefícios do crescimento sejam repartidos e entregues para todos, fico perplexo e indignado com a maneira jocosa que somos tratados. Mesmo nossos pares estão tratando o turismo, com piadas, tiradinhas ou pior, líderes de entidades do próprio conselho nacional de turismo, esquecem que devem representar os seus pares e não aos seus interesses pessoais e já defendem o indefensável.
O turismo vem contribuindo nos últimos anos com muita força para a vitalidade da economia, criando novos destinos, agregando valor, gerando emprego e renda. Fora isso são novos consumidores, novos segmentos, como a melhor idade, os jovens e em especial a classe “C”.
O Ministério sempre cumpriu papel importante nesse processo, sabemos todas as conquistas dos últimos anos, tanto do ponto de vista de orientação e organização da indústria, apoio a produção e criação de alternativas para roteiros, capacitação, apoio as entidades organizadas. A lei geral deu corpo e formalizou a atividade e nos permitiu uma vida legal, mesmo com alguns reparos a serem feitos.
A EMBRATUR ampliou nossa visibilidade fora do país, crescemos em participação em feiras, ações com o “trade” dos países emissores, muitas atividades de qualificação do receptivo.
Foram  muitos avanços e não cabe a mim descrevê-los, pois o ministério já fez seu balanço.
Minha visão é que tivemos um bom momento nos últimos 8 anos, e agora ?
Agora começamos com pauta desqualificada, sem nenhum assunto relevante para nossa indústria. Ao contrário de discutir a indústria hoteleira, sua matriz de competitividade, sua capacidade para copa do mundo e Olimpíadas, se discuti diárias de motel no Maranhão, que vergonha !!!
A mídia que independentemente de ser de oposição ou não, nos coloca na pior posição possível : fúteis, falastrões e irresponsáveis, viramos piada.
Por mais que se queira fazer a defesa das atitudes do novo ministro, o fato é que a visão que fica no público é que só passeamos, que vivemos em festas e jantares e e banquetes. E a pior das cenas : que vivemos em orgias e festas. Quanta luta para retuirar esse estigma e agora temos o líder maior do segemnto como piada em todas mídias sociais e na grande imprensa .Muito ruim !!!
Será que precisamos disso ? depois de tantas lutas, será que merecemos esse estigma ?

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Outro dia fui pra Punta

Fiquei anos escutando que Punta del Est era legal. Nunca tinha ido. Preconceito? um pouco, mas na verdade não tenho muito interesse em lugares que o jogo e a badalação são os motivos da viagem, mas fui. Não vou falar que a cia aérea extraviou minhas malas, que fiz BO na polícia do aeroporto porque a mala estava  lá  mas o gerente da cia tinha ido embora e levou a chave onde as malas foram guardadas, mas isso não é culpa de Punta, mas da rotina de quem viaja. Poderia ser Miami, Cuiabá ou Caracas, melhor se fosse Caracas, poderia apenas gritar o nome da cidade e já estaria fazendo meu protesto.
Mas vamos lá, cheguei em Punta, no Mantra, hotel que tem um cassino, discreto e sem interferir diretamente na rotina dos hóspedes, mas tem também um SPA, ótimo. O serviço delicado e competente, a piscina daquelas que vale a pena ver as fotos depois da viagem. O local sim é tudo de bom, perto da cidade, mas não tão perto para ter que entrar na rotina noturna da cidade, afinal todos por lá dormem de dia e começam a tardezinha as atividades. Mas se quiser, pode pegar o rumo contrário ao centro e ir para a Barra, antiga aldeia de pescadores e desfrutar de belos restaurantes a beira mar. Falando em mar, praia, essa para mim é a melhor parte, calor mas com um arzinho frio batendo, quase um ar condicionado natural a beira mar, muito bom, aquele calorão normal das praias, lá tem o vento que ameniza.
Bem, adorei o lugar e ir para o centro, comprar algumas coisinhas, tomar um sorvete e se quiser escolher um dos restaurantes que sempre tem um cardápio regional ou contemporâneo, permite que os mais exigentes ou mais frugais se sintam bem.
Mas para mim o melhor, assistir ao por do sol com o Villaró, na Casa Pueblo, que artista ! que pessoa do bem ! que prazer em receber amigos e desconhecidos. Isso conta e isso que vale, as emoções que o lugar permite e te surpreende.
Logo após essa viagem vi que o lugar era bem posicionado no mercado mundial de turismo, com sucesso porque vendia extamente o que tinha : classe, bom serviço, balada e pricacidade, jogo e receber bem. Porisso que logo após coloquei na prateleira das viagens de incentivo da AMBIENTAL esse destino e foi um sucesso, ja foram centenas de convidados e todos voltaram satisfeitos com o convite.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Classe "C” à bordo

Para alguns um absurdo, onde esta a nobreza, a classe, o glamour de viajar ?
Para outros, como as cias aéreas, um mercado novo, aumentar a ocupação, os resultados, valorizar as ações na bolsa.
E a  classe “C” o que acha?
Eu vôo e muito, é minha profissão, agora mesmo estou dentro do avião e ao meu lado uma mãe com seu filho indo para Recife com conexão em Salvador.
Ela não aceitou a batata frita e o refrigerante e vi logo a cara chateada do moleque. Ela me perguntou se depois eles passariam cobrando. Eu disse não e imediatamente chamei o comissário e pedi o serviço para eles. E a cara dele? Tipo : - que saco, vou ter que voltar por causa desses pobres no avião. Provavelmente minha amiga ao lado deve ganhar o mesmo como babá – ela me falou que era babá - que o comissário. Mas ele voa de avião o tempo todo, ele é chique.
Bem , após essa vivência que, confesso me deu raiva, resolvi conversar com a minha colega ao lado.
Ela disse que não sabia a fila no aeroporto, se tinha que mandar a mala, se podia levar a bolsa dentro do avião,que  não achava mais o embarque porque mudou de andar, (Congonhas) ou seja, passou o pão que o diabo amassou e sentar aqui, ao meu lado e na emergência – gosto de voar na emergência – aí sim a coisa pegou !!! o comissário veio perguntar se ela estava apta a utilizar a porta de emergência, ela olhou pra cara dele e disse : - SIM !!! na verdade nem entendeu o que significava, mas o susto de ter que abrir a porta, ela como babá que faz serviços domésicos, sabe servir, que sempre ajuda e portanto disse simplesmente SIM !!! ainda bem que é pró forma, mas o protocolo manda o comissário perguntar e ele, nem pensa quem esta na cadeira, apenas fala mais um de seus textos decorados.
Bem , voltando, todos falam em capacitação para receber os passageiros na copa do mundo, todo mundo falando Inglês, chique e educado e quando vão começar a capacitar para receber bem a classe “C” e deixar de ver apenas como um novo mercado que vai ajudar a amealhar mais lucros e mais resultados na bolsa?
Cidadania é a palavara, classe C de cidadão !

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Chile, alguém lembra do terremoto ?

Que competência, que gestão de crise !!! apesar de toda a mídia inicialmente mostrar as imagens mais fortes e destruidoras do país, logo a memória foi se esvanecendo e ficou éscondida no cantinho da mente. Logo depois veio o caso dos mineiros, foram tratados por meses como heróis. O país foi visto como solidário e com competência técnica para salvar vidas de seus trabalhadores. Para quem lembra de como o Chile era visto na área de mineração, Iquique e outras, onde o autoristarismo e o assassinato de mieneiros era a realidade diária, hoje vemos um Chile cidadão e generoso.
Para quem viu o Chile de Pinochet, hoje ve um Chile equilibrado, com eleições democráticas e mesmo com a vitória de quem esteve com Pinochet, a governabildade esta garantida.
Essa imagem fez com que, mesmo terremotos e desabamentos de minas, ficasse no inconsciente do conumidor um país bom de se visitar. Agrega-se a isso os belos cenários dos Lagos, da Patagônia chilena, do deserto do Atacama, e os números do turismo voltaram a ser os mesmos ou maiores que antes do terremoto. Impressionante.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Viajar ou comprar TV de LCD ? Existe essa concorrência ?

Segunda, cheguei aqui no escritório e vi que fim de ano ferve mesmo, e ferve mais que qualquer outra época. Aí me pergunto, que será que passa na cabeça desse povo em resolver viajar no reveillon uma ou duas semanas antes? Quem é esse que espera o último minuto do segundo tempo ? Muitos respondem : - coisa de brasileiro ! Não acho mesmo, se fosse assim haveriam lugares em quase todos os roteiros, até nos mais procurados. Alguns até tem, mas muita gente querendo reveillon na Patagônia, Noronha, Miami, lugares que em boa parte já foram vendidos há mais de um mes. Será que alguém compra carro assim? no último minuto? ou TV de LCD ? Pergunto porque já vi vários discursos e falatórios que nossos maiores concorrentes são esses produtos. Com o dolar baixo, eles ficam baratos. Mas para ir pra fora também fica. Não conheço bem o hábito de consumo desse varejo, mas pelo pouco que conheço, as pessoas ja estão namorando sua TV de LCD ou carro por um bom tempo e ai vem o dinheiro no fim de ano, agregado a crédito e parcelamentos e a certeza que vai na loja e tem o produto. Porisso pode deixar para o finalzinho. No turismo não ! porisso que fico pasmo quando vejo que comparam e colocam esses produtos como concorrentes do turismo. São coisas bem distintas, muito mesmo.
Espero que tenhamos um estudo mais profundo dos hábitos de consumo no turismo, para adequar a oferta e não ter que dizer não a quem quer desfrutar de uma viagem.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

PRA QUE PRAIA EU VOU ?

São vários ostipos de consumidores de turismo, mas todos fazem sempre a mesma pergunta. Os que querem agito, balada já são menos exigentes em relação ao destino. Pode ser Fortaleza, Natal, Porto Seguro, Floripa ou outra cidade que ofereça essas inquietudes. O Hotel vai depender apenas do bolso, desde que não muito longe de onde "ferve" a noite. Uma prainha a tarde, com muito hidrataçao e no fim do dia começa a caipirinha, cerveja para esquentar a noite e a azaração.
Há os que querem o lugar descolado. Esses em geral vão em pequenos grupos ou casais, querem conforto, lugar descolado, gastronomia contemporânea, muito charme. De dia bons passeios, bronzeamento, bons livros e a noite bons restaurantes e uma esticada em alguma balada que seja na linha de Ibiza, senão preferem o conforto do hotel ou da pousada. A localização não importa, já que a hospedagem vem antes de tudo. O destino também não importa, o que importa é o nome do hotel. Ponta dos Ganchos, Txai, Pousada do Toque, Beijupirá, Kiaroa, Kenoa, Vila Naia e outras.
O que percebo é que cada vez mais o destino não interessa ao consumidor, mas a experiência que vai desfrutar de acordo com seu desejo e espectativa na viagem.
Porisso imagino um dia um local onde se concentre essas experiências e o turista possa ir para o destino como um todo e encontrar lá seu desejo. Trancoso já sinaliza isso, Itacaré começou e se rendeu, antes era descolado, agora é tudo, barato, caro, descolado, popular. Perdeu a identidade.
Está na hora dos destinos entenderem o que o conumidor quer, assim poderão oferecer férias e lazer do tamanho do cliente.